dimanche 25 mars 2012

Política: Segurança como tema principal da campanha


A semana que acabou de passar na França não teve nada de normal. A sociedade toda ficou de olho na procura do assassinato dos militares e das crianças judias em Toulouse, no sul da França, e na operação do RAID (tropas de choque) para prendê-lo. As imagens da intervenção policial percorreram o mundo inteiro, como as da união nacional, simbolizada pela reunião dos candidatos à Presidência em Toulouse.

A União Nacional durou uma semana. Foto: Internet

Uma pausa na campanha eleitoral aceitada por todos. É verdade que pareceria inconveniente falar brigas políticas num contexto tão terrível. Os crimes de Mohamed Mehra, o jovem que matou três militares em Montauban e três crianças e um professor na frente de uma escola judia em Toulouse, provocaram uma emoção tão grande na sociedade francesa que os candidatos decidiram deixar de lado a campanha para mostrar ao povo que eles também podiam estar atingidos pela violência destes atos.

Mas, mesmo se Mohamed Mehra foi morto pelas forças especiais da Polícia Nacional, ele deixa na sociedade e na vida política francesa um assunto importante: a questão da segurança. Pois, foi o assunto mais discutido pelos candidatos à Presidência nesses últimos dias. Marine Le Pen, candidata da Frente Nacional, foi a primeira, relembrando seus assuntos favoritos que são insegurança e imigração. Segundo ela, os dois são ligados e qualificou o Mehra de ‘muçulmano de origem magrebina’ sem nunca dizer que ele era de nacionalidade francesa. Esta situação (um jovem de origem argelina, muçulmano e que teria agido segundo os princípios da guerra santa, matando servidores do Estado e crianças) poderia ser favorável para a extrema-direita que já está aproveitando da simpatia de numerosos eleitores. Mas segundo as últimas pesquisas, Marine Le Pen perderia o terceiro lugar no primeiro turno e o deixaria ao Jean-Luc Mélanchon, candidato da Frente de Esquerda.  
Mohamed Mehra o atirador de Toulouse. Foto: Internet

Então, este acontecimento pode beneficiar ao Nicolas Sarkozy? Derrotado até pelo Dr. House que tem uma audiência maior do que ele quando fala na TV, o atual Presidente francês poderia aproveitar desta tragédia para melhorar a sua imagem. Pois é, a partir de segunda-feira, ele voltou a se apresentar como o Presidente e não mais como o candidato. Segundo as pesquisas, a sua popularidade está crescendo e as intenções de votos no primeiro turno também. Sobretudo graças a este tema da segurança no qual o ocupante do Palácio do Elysée é creditado da maior credibilidade. Uma credibilidade que o candidato socialista François Hollande afirma querer recuperar em margem do discurso de Ajaccio deste sábado.

A missão não será fácil. Em Rueil-Malmaison, Nicolas Sarkozy atacou o socialista afirmando que nunca votou nenhuma lei anti-terrorista nos últimos 5 anos e anunciou a votação de novas leis para reforçar as que já existem. Uma declaração que François Hollande não esqueceu de comentar em Ajaccio criticando o balanço do atual presidente: ‘A República deve assegurar o direito de todos à segurança e garanti-lo constantemente. Temos de aplicar a lei. Não inventar uma em cada momento e em cada circunstância’, declarou o candidato socialista antes de completar que ‘não era uma campanha que ia apagar um mandato ruim’. Uma impressão que se verifica nas pesquisas, pois, apesar da melhora do Sarkozy, ele ficaria derrotado no segundo turno, de qualquer jeito. 

Gauthier Berthélémy

lundi 19 mars 2012

Cultura: Vocabulário misturado


Influência do vocabulário francês no Brasil. Foto: Internet
Ligar um abajur, ir a um show de balé, utilizar o bidê, visitar um ateliê... Você já ouviu ou usou essas palavras? Talvez já tenha usado um boné, ganho um cachê, comprado numa boutique e recebido um buquê. E quanto ao batom? Já comprou alguns? Já ganhou um bibelô? Teve medo ao ver um cassetete e utilizou produtos do camelô?

Quem nunca comeu uma omelete, crepes, um bolo com glacê, champignon, mousse? Guardou itens no nécessaire ou sonhou com brinde com uma taça de champanhe no Réveillon? Quem já curtiu uma matinê, esperou o placar do jogo, comeu maionese, cometeu uma gafe ou fez flor de papel crepom?

Flor de papel Crepom. Foto: Internet

Você já olhou uma maquete? Pensou em fazer greve? Jogou tênis com uma raquete? Quem nunca chamou o garçom de amigo? Comeu um purê? Fez pose para a foto? Colocou uma carta no envelope? Quem quer fazer parte da elite e usar roupa de etiqueta? Chama banheiro de toalete ou anda de camionete?

É muito comum encontrar brasileiros falando termos franceses, tanto que às vezes nem percebem que a palavra não é original do idioma português. É o caso das palavras acima e de outras como: crepe, clichê, chique e crochê. E que tal: menu, maiô, marrom e metrô? Sem falar de: bege, boate, capô, cavanhaque e chalé. Isso acontece porque no vocabulário do Brasil, muitas são as palavras de origem francesa.

Mas de onde teríamos adquirido essa quantidade de termos? Como explicar o fato de usarmos as palavras cachecol, bijuteria, complô e escargot? Atualmente poderíamos citar a globalização, o uso de computadores, ou até mesmo a facilidade em conhecer outros países. E há séculos atrás? Onde nossos antepassados, nossos avôs e bisavôs aprenderam? Ir ao cabaré, comer num bufê, fazer tricô, usar perfume, costurar um paletó ou passar maquiagem (ou maquilagem)?

Maquiagem ou maquilagem. Foto: Internet

Independente da forma como a palavra veio para o Brasil e como a utilizamos atualmente é inegável a participação da língua francesa na construção do nosso idioma. Quem não se lembra da moda da pochete? Usar uma roupa em cores degradê? Uns óculos fumês? Atravessar a avenida? Comprar e dividir no carnê? E os advogados usando jargão? Um patê com torradas? Um artista em turnê pelo país?

Seja na moda (colaint, tafetá, escarpan, Chanel), na culinária (salada, canapé, caviar, conhaque, creme, croissant, filé, fondue), em todas as áreas podemos encontrar termos originários do francês. Vale lembrar também que a cultura francesa sempre foi muito bem vista. Influenciados pelo século XIX na época dos artistas, pela Revolução Francesa em nossa Independência. Sem falar da Belle Époque, das aulas de francês obrigatórias nas escolas públicas do país.

Belle Époque: inovação e beleza. Foto: Internet

O termo oficial utilizado para essas palavras é galicismo ou francesismo. Ele é considerado um vício de linguagem na qual se usa uma palavra, frase ou expressão do francês sendo traduzida ou mantida no original. Quando a palavra é incorporada ao idioma sem modificações, passa a ser um estrangeirismo. É o caso de lingerie, dossiê, flamboyant, chance, nuance e tailler.

O interessante é que alguns termos tiveram mudanças de significado. É o caso de: marrom (castanha, ou seja, a cor da castanha e não propriamente a cor escura que conhecemos), chofer (do chauffeur que vem do verbo aquecer, ou seja, aquele que aquece o motor do carro) e greve (em Paris existiu uma praça chamada Place de Grève às margens do Sena onde os trabalhadores se manifestavam).

Conheça outras palavras de origem francesa: bomboniére, lilás, marionete, verniz, carroceria, cassete, chantagem, chassi, cobaia, croqui, cupom, déjà vu, detalhe, edredom, guichê, guidom (de bicicleta), limusine, maçom, madame, matiz, pasteurizar, pivô, pierrot, première, record, sanguessuga, suíte, touché, Tsunami e universal.


Allana Andrade




mercredi 14 mars 2012

Copa 2014: Match houleux entre la FIFA et le gouvernement brésilien


Entre Aldo Rebelo (à dr.) et Jérôme Valcke le dialogue est interrompu (photo:internet)

Le moins que l'on puisse dire, c'est que les relations entre la FIFA et le gouvernement brésilien ne sont pas au beau fixe. A tel point que les poignées de mains d'hier pourraient bien se transformer en bras de fer ou en claques dans la figure si les deux entités ne parviennent pas à trouver un terrain d'entente pour l'organisation de la prochaine coupe du monde de football. Explications.

Depuis l'annonce de la tenue en 2014 de la plus grande compétition de football en terres brésiliennes, tous les yeux des amateurs de ballon rond sont braqués sur le pays du roi Pelé. Et revient inlassablement la même interrogation: 'Est-il capable d'organiser un tel événement?'. A en croire les récentes tensions Fifa-Brésil, il n'y a aucun doute que la réponse n’ait pas encore été donnée. Au lendemain de la cérémonie de clôture de l'édition sud-africaine, en 2010, Lula assurait que l'événement brésilien serait "inoubliable". Mais déjà la patronne des fédérations footeuses tirait la sonnette d'alarme en voyant les retards rencontrés par le Brésil pour mettre en place les infrastructures nécessaires. Ligne rapide de train entre Rio de Janeiro et São Paulo inexistante, extension de lignes de métro au point mort, confusion autour du stade du Morumbi à São Paulo, etc. Tout y passe. Et les problèmes, eux, ne s'effacent pas.

Alors, pour marquer le coup, Jérôme Valcke, secrétaire general de la FIFA, remet le couvert en exprimant, la semaine dernière, des doutes sur la réelle motivation du Brésil à organiser la grande fête du football. En lançant un 'Je me demande si le Brésil n'est pas plus préoccupé à gagner la Coupe du Monde que de l'organiser', le Français a donné un grand coup de pied dans les relations entre la Fifa et le Brésil, tout en ajoutant que ce dernier en méritait un dans le 'derrière'. Au coeur de la critique épicée de Jérôme Valcke, on trouve les retards dans la mise en place d’infrastructures, le manque d’investissements dans le secteur hôtelier, les stades qui ne sont pas prêts pour accueillir la Coupe des Confédérations de 2013 ou encore la Loi Générale de la Coupe qui reste à être votée par le Congrès brésilien, et qui devait l’être depuis... 2007. Cette loi devait permettre de fixer des objectifs clairs et datés pour l’organisation de la compétition. En d’autres termes et comme le résume M.Valcke, ‘Rien ne va au Brésil’.

Logo officiel de la Coupe du Monde de 2014

 On sort alors les cartons rouges de toute part. Le problème, c'est qu'il n'y a pas d'arbitre. Et au pays du ballon rond, on pointe du doigt le tacle offensif de Valcke en grande pompe. Le ministre des Sports, Aldo Rebelo, fustige les paroles du secrétaire général de la Fifa en conférence de presse en estimant que la souveraineté du Brésil était remise en cause par ces propos ‘inadmissibles’. Une réaction qualifiée ‘d’infantile’ par le secrétaire général, soucieux de calmer le jeu. Dans une lettre à la Fifa, le ministre brésilien affirme que ‘la forme et le contenu des déclarations échappent aux patrons acceptables de la coexistence harmonieuse entre un pays souverain comme le Brésil et une organisation centenaire comme la FIFA’.

Et la contre-attaque brésilienne ne s’arrête pas là. Le porte-parole de la Présidence de la République, Marco Aurélio Garcia, a décoché un cinglant ‘Vagabundo’ pour définir ce qu’il ressent pour M.Valcke. Dans son élan, il a ajouté que 'le Brésil [avait] d'autres choses à faire'. José Sarney, l’éternel président du Sénat, a de son côté commenté les paroles de ce dernier les qualifiant ‘d’ingérence grossière’ dans les affaires du pays. Des déclarations à la chaîne qui ont amené Aldo Rebelo à exiger la désignation d’un nouvel interlocuteur entre la FIFA et le gouvernement brésilien. Et les excuses publiques de Valcke ne feront rien. Sa visite au Brésil, initialement prévue cette semaine a été annulée par les autorités locales et reportée à une date indéterminée. Vendredi 16 mars, Joseph Blatter, président de la FIFA, se rendra à Brasilia pour s’entretenir avec Dilma Rousseff. On sera sûrement très loin de la chaude ambiance des vestiaires, mais on peut espérer qu’au terme de la rencontre, la balle sera de nouveau au centre.

Pour renforcer sa défense, le Ministre des Sports a réaffirmé ce lundi que ‘les travaux ne sont pas en retard et sont même presque tous en avance. Il existe quelques cas, mais je ne crois pas qu’il y aura de problèmes’. Et il a même procédé à des transferts. Le même jour, on apprend la démission de Ricardo Texeira de ses postes de Président de la Fédération Brésilienne de Football et du Comité Organisateur Local. En disgrâce auprès de Dilma Rousseff, qui ne le recevait plus depuis plusieurs mois, Ricardo Texeira a été remplacé par José Maria Marins. Désigné comme responsable des problèmes dans l’organisation de la Coupe et soupçonné de détournement d’argent entre autres méfaits, il a été salué par Romario, ancien Champion du Monde, de la plus belle des manières: ‘On s’est enfin débarrassé d’un cancer’. Coup de sifflet, mais sûrement pas final. 

Gauthier Berthélémy

vendredi 9 mars 2012

Société: Não Pago! fait caler l'augmentation du prix des transports en commun à Aracaju


Militant du mouvement Não Pago! "Pour un transport collectif public, gratuit et de qualité" (Photo: Por aqui e Là-bas)

Une cinquantaine de personnes se sont réunis mardi 6 mars au Terminal de bus D.I.A d'Aracaju (Sergipe) pour protester contre l'augmentation annoncée du prix du transport collectif. Au cri de « Não Pago ! », ces militants sont parvenus, en partie, à obtenir ce qu'ils désiraient. Rencontre avec ce mouvement loin d'être unique au Brésil.

Les récentes déclarations explosives de Jerôme Valcke, secrétaire général de la FIFA, sur les retards qui marquent l'organisation de la prochaine Coupe du Monde de football, qui aura lieu en 2014 au Brésil, ne sont pas passées inaperçues. Parmi les éléments de mécontentement évoqués, on trouve la vétusté des réseaux de transports en commun. Si des bus en retard ou des métros surpeuplés peuvent incommoder le touriste ou le supporter le temps d'un séjour au pays du football, il est aisé d'imaginer qu'ils peuvent être aussi pénibles pour l'usager brésilien.

Depuis près d'un an, à Aracaju, un collectif d'étudiants s'efforce de faire valoir le droit de chacun à bénéficier d'un transport collectif de qualité, à moindre coup. Sur leurs t-shirts, on peut lire un slogan qui résonne comme un cri lancé pour couvrir le bruit des moteurs : « Não Pago ! ». « Je ne paye pas », une invitation à la désobéissance pour refuser l'augmentation du prix du bus dans la capitale de l’État de Sergipe. A l'heure actuelle, il faut débourser 2,25 reais (soit 1 euro environ) pour utiliser les lignes de la ville. Annoncée en janvier dernier par les entreprises qui exploitent le réseau de transport public, la valorisation du prix de l'accès au bus a fait l'effet d'une bombe chez ces rebelles du tourniquet.

Les manifestations se sont multipliées, prenant la place des réunions jusqu'alors convoquées pour discuter de modèles alternatifs pour le transport collectif dans la capitale sergipana. Prenant exemple sur les différents mouvements du même genre qui ont marqué ce début d'année 2012, Não Pago ! s'est levé de son siège pour prendre d'assaut les terminaux de la ville. Le tout sans violence, contrairement à d'autres capitales. Vinicius, membre du mouvement, s'est rendu à Terezina, dans l’État du Piaui, capitale qui a été le théâtre de violents affrontements entre les étudiants et les forces de l'ordre. Il raconte : « Là-bas, ils ont brûlé neuf bus, c'était la folie ! ». Et les contestations se sont multipliées comme une traînée de poudre à Recife ou encore à Rio de Janeiro.

Petit à petit, la lutte apporte ses fruits. Le jour même du nouveau rassemblement dans le terminal d'intégration D I A, une de ces gares routières qui permettent aux usagers de changer de bus sans devoir payer de nouveau, Edvaldo Nogueira, maire communiste de la ville, annonce le gel des prix du transport collectif. Une victoire pour le mouvement qui ne compte pas s'arrêter en si bon chemin. «  Ce qu'il faut maintenant c'est un transport public de qualité, améliorer les arrêts de bus, les terminaux d'intégration, affréter une nouvelle flotte de bus » énumère Gilberto Sena, un des leaders de Não Pago !, qui complète :« Aracaju quand il pleut, c'est un désastre, il n'y a qu'à voir le terminal Atalaia ».  Situé au sud de la capitale, l'endroit se transforme en piscine municipale quand arrivent les pluies automnales.

 George Washington Silva, responsable de la communication de la Centrale Unitaire des Travailleurs de Sergipe (Photo: Por Aqui e Là-bas) 

Pour porter ces revendications, les étudiants ne sont pas seuls puisqu'ils ont été rejoints par les organisations syndicales de travailleurs. Dans la foule, George Washington Silva, responsable de la communication de la Centrale Unitaire des Travailleurs de Sergipe (CUT), expose les raisons du ralliement au mouvement : « Au Brésil, 37 millions de personnes ont déjà délaissé les transports collectifs, non pas pour des raisons de confort, mais simplement parce qu'elles n'ont plus les moyens de payer l'accès aux transports ». Et l'usage de plus en plus remarqué du vélo dans les rues de la petite capitale n'a pas que des motivations écologiques puisqu'il se pose désormais comme un mode alternatif de déplacement pour travailleur-pauvre qui « arrive au travail déjà fatigué avant même d'avoir commencé » ponctue le syndicaliste.

En direction du siège de la SMTT (photo Por aqui e Là-bas)

Le groupe de manifestants s'est par la suite dirigé vers le siège de la SMTT, l'organe chargé de superviser le réseau de transport, entre autres missions. Là, ils ont demandé à rencontrer un responsable, en vain. Symboliquement et devant les caméras de télévision, ils ont lu leurs revendications qu'ils ont remis à un délégué de l’organe public avant de se donner rendez-vous pour d'autres rassemblements.


Lecture des revendications au siège de la SMTT (Photo: Por Aqui e Là-bas) 

Le gel des prix, une mesure stratégique ?

Du côté de la CUT comme des étudiants, les annonces de la mairie ne font pas diminuer la motivation. Et c'est l'ensemble du mouvement qui pointe du doigt certaines mesures proposées. Comme la décision de baisser l'ISS, l'Impôt sur les services, que les entreprises de transports doivent payer chaque année. « Certes il y a gel des prix mais avec une réduction d'impôt. Une fois de plus les entrepreneurs ne sont pas passés à la caisse et se sont les usagers qui payent » s'insurge George Washington Silva. « Nous pensons qu'il n'était pas nécessaire de baisser l'ISS pour geler les prix. Si les entreprises parviennent à sponsoriser tous les événements qui ont lieu à Aracaju, c'est qu'elles ont de l'argent ! Elles n'avaient donc pas besoin de cette baisse d'impôt » ironise de son côté Gilberto Sena qui complète : «  et dire que cette baisse d'impôt est bénéfique pour la population est un mensonge car c'est moins d'argent dans les caisses de la ville, donc moins de moyens pour les autres services publics et pour les salaires des fonctionnaires ». En tout cas, tous s'accordent pour dire que l'opportunité d'un gel des prix du transport tombe à pic en cette année électorale . En  octobre, les électeurs brésiliens choisiront le prochain maire de la ville.

Alors, mesure stratégique ou véritable effort pour un transport collectif au prix juste ? Durant la conférence de presse convoquée le mardi matin par l'équipe municipale, Edvaldo Nogueira a annoncé l'organisation dans les prochains mois d'un appel d'offre pour départager les entreprises qui exploiteront le réseau aracajuano. Fait inédit dans la capitale, l'élu communiste s'est même permis de lancer un : « je suis le premier maire dans l'histoire d'Aracaju à faire cela ». A y voir de plus près, la baisse de l'ISS servirait donc, selon une source proche de la mairie, à attirer de nouvelles entreprises locales ou d'autres États pour créer une concurrence et ainsi tirer les prix vers le bas.

Une aubaine pour l'usager qui pourrait l'être aussi pour le camp du maire sortant. En laissant entrer d'autres entreprises sur le marché, Edvaldo Nogueira pourrait couper à la racine un éventuel soutien des entreprises de transport à ses concurrents politiques qui briguent la mairie d'Aracaju. Avec une nouvelle concurrence, les entreprises actuelles pourraient perdre des forces voire même se voir refuser l'accès au réseau si d'autres entreprises font des offres plus avantageuses. Leur soutien ne serait donc d'aucun effet pour les autres partis. Une réforme aussi bénéfique que stratégique en somme.  

Gauthier Berthélémy

vendredi 2 mars 2012

Turismo: Um dia emocionante na Eurodisney

Quem pensa que ir para a França, e mais precisamente Paris, é só ficar conhecendo museus e pontos turísticos indicados por agências de turismo e mapas se engana! A França possui muitos parques de diversões e é uma ótima opção de lazer principalmente para quem viaja em família. No nosso caso, viajamos a maior parte do tempo juntos e deixamos Paris para o final do passeio.

Visitamos vários pontos turísticos em Paris como relatamos nessa matéria aqui. Mas o que mais me agradou foi visitar a Eurodisney. Na verdade desde que eu soube que existia a Eurodisney fiquei louca querendo ir. Acho que se eu não fosse morreria! Enfim, vamos ao passeio:
Vista da praça central Eurodisney. Foto: Por aqui e Là-bas
Os bilhetes foram comprados neste site com  muito tempo de antecedência custando metade do preço e nos dando o direito de visitar os 2 parques no mesmo dia. Outra dica importante é a alimentação. Dentro do parque tudo é caro, claro, o espaço é feito para turistas! Por isso levamos em nossa mochila biscoitos, água, lanches e sucos. Tudo isso para economizar e também não perder tempo nas filas.

Para chegar no parque, é fácil. Quem vai de carro é só sair da cidade e quem usa metrô (nosso caso) tem uma linha que sai de Paris e o ponto final é... a Eurodisney. No caminho, vários turistas de todos os países já com utensílios Mickey (orelhas e camisas), muitas crianças e a cada ponto mais e mais pessoas chegando ao destino mágico.

Na chegada uma chuva ameaçou destruir nosso passeio, mas naquele dia nada seria capaz de me derrotar. Saímos correndo com nossos bilhetes brilhosos, fila para entrar, carimbo mickey invisível no pulso e finalmente o mundo Disney.

Abraçando o Mickey. Foto: Por aqui e Là-bas
O primeiro personagem a aparecer foi o Mickey, junto com ele uma fila interminável de crianças desesperadas para encontrá-lo e tirar fotos. Eu claro, a maior delas, enfrentei 30 minutos preciosos dessa fila até finalmente pegar nas mãos fofas e ganhar um beijo do Mickey. Nesse momento eu já estava satisfeita, poderia voltar para casa (mentira, eu queria muito mais Disney, ainda faltava todas as princesas e personagens que amo).

Bela Adormecida. Foto: Por aqui e Là-bas


Fotos tiradas, percebemos que se fôssemos seguir os personagens, não aproveitaríamos os brinquedos. Então passamos rapidamente por Aurora (Bela Adormecida) e fomos para os parques. O parque aquático e da aventura (Piratas do Caribe, Indiana Jonnes) é maravilhoso, a reprodução das grutas são fantásticas. No brinquedo, vamos descendo e vendo o cenário do filme com reproduções fiéis!

Cenário Aventura. Foto: Por aqui e Là-bas



Cenário Piratas do Caribe. Foto: Por aqui e Là-bas

Cenário Indiana Jonnes. Foto:  Por aqui e Là-bas  

Depois, fui convencida a ir para a Space Mountain e claro, gritei tanto e fiquei com bastante medo. Seguindo fomos ao parque das princesas, entrei no Castelo da Bela Adormecida e sinceramente não queria mais sair! Lindo, todo decorado, perfeito!

Painel no castelo da Bela Adormecida. Foto: Por aqui e Là-bas

Na parte da floresta encontramos Balu (O livro da Selva) e tiramos foto. Depois mais e mais brinquedos de todos os tipos. Infantis (com filas enormes), montanhas russas, carrinhos, cenário espacial com imagens em 4D e claro, as paradas Disney com desfile de todos os personagens em carros enfeitados.

 Momento das passeatas com os personagens. Fotos: Por aqui e Là-bas


O dia passava rapidamente e às 16h fomos para o segundo parque. Essa parte é dos estúdios Disney, com reprodução fiel dos cenários, muitos brinquedos, mais radicais do que os do primeiro parque, dou destaque ao elevador que cai e que quase me matou de susto! Percebemos então que o melhor é ir de início para o parque dos estúdios e só depois visitar o parque geral. Isso porque fazemos aquela velha estratégia de fugir dos turistas e não enfrentamos tantas filas.

Outra coisa é o Fast Pass, ticket que dá acesso rápido aos brinquedos. Particularmente não vimos vantagem nesse ticket, as filas deles estavam maiores que as normais, além disso, ao usar o ticket, é preciso esperar muito tempo para usar outro. As lojas e quiosques também não possuem preço atrativo, porém as opções de produtos são infinitas. Casa, decoração, brinquedos, acessórios, roupas. TUDO da Disney.

Vídeo do Por aqui e Là-bas de trecho do desfile Eurodisney. 

Na hora do jantar retornamos ao parque principal e encontramos um restaurante maravilhoso, com rodízio e bebidas à vontade. Nesse momento percebemos o quanto estávamos cansados, mas depois do jantar ainda tinha o grande desfile, o mais esperado por todos, com carros enfeitados com luzes e todos os personagens passeando neles.

E no final os fogos de artifício anunciam o fim do passeio! Retornamos para casa com a sensação de infância completa e sonhos realizados!

Allana Andrade

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